Operação Chuvas de Verão 2023/2024 começa nesta sexta-feira, 1º de dezembro
O Presidente do Sindilojas, Carlos Augusto Gobbo participou da Coletiva de Imprensa sobre a Operação Chuvas de Verão 2023/2024. O lançamento foi realizado nesta quinta-feira, 30 de novembro, na Sala Azul do Paço Municipal, com a participação do vice-prefeito de Campinas e do secretário municipal de Relações Institucionais, Wanderley de Almeida. Na reunião, foram feitas observações indiretas para os próximos meses e iniciativas para a operação que começa em 1º de dezembro de 2023 e vai até 31 de março de 2024. Entre as ações, estão a intensificação de vistorias quando há acúmulo de chuvas, reforço na equipe de plantonistas e lançamento de kit de emergência para desabrigados.
Durante o período, diversas áreas são mobilizadas no socorro a situações de emergência e desastres causados pelas chuvas fortes e temporárias do verão. A medida do acompanhamento inclui índices pluviométricos e específicos de interferências, com envio de alertas à população e aos órgãos responsáveis, vistorias em área de risco e medidas antecipadas para prevenir situações graves. O Decreto da Operação foi publicado em 24/11 no Diário Oficial ( campinas.sp.gov.br/diario-oficial ) e institui o Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil (PCPDC).
A operação é coordenada pelo Departamento de Defesa Civil de Campinas, pela Secretaria de Governo, com a participação de setores da administração direta, indireta, de órgãos estaduais e da sociedade civil.
Previsões
O encontro contou com a presença da pesquisadora Ana Ávila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp, que falou sobre a previsão do clima para os próximos meses. A expectativa é de um verão mais quente, com temperatura um grau acima da média entre dezembro, janeiro e fevereiro. “Os modelos não apontam um volume de chuvas, em termos médios, acima do esperado”, afirmou. Porém, de acordo com ela, um verão mais quente implica chuvas muito intensas. “Podemos ter chuvas mais intensas no Rio Grande do Sul, que ficam retidas por alguns dias e quando se deslocam para o sudeste vêm com muita força”, afirmou.
Na reunião, o vice-prefeito, Wanderley de Almeida destacou que por mais durações que estejam em conformidade com o especificado, é importante saber com antecedência para tomar as medidas necessárias. “Vamos tentar evitar ao máximo os impactos na vida da população de Campinas. São várias as equipes que estarão à disposição, em alerta, para o enfrentamento”, afirmou. Ele também lembrou os desafios do trabalho realizado pelos órgãos integrantes da Operação, como nos casos em que é preciso remover famílias que estão em áreas de risco iminente.
Os eventos climáticos extremos representam um desafio, de acordo com o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. A Prefeitura tem intensificado a preparação e o planejamento da Operação Verão começou de maneira antecipada, com foco na prevenção, inclusive com determinação de vigilância das equipes de plantão e das vistorias quando a cidade entra em estado de atenção (a partir de 80,1 mm de chuva em 72 horas).
A população também deve estar alerta. “Campinas tem atualmente 18 setores de risco, cerca de 30 áreas, mas não é somente quem mora nessas regiões que precisa ter atenção aos riscos das chuvas fortes”, ressaltou Furtado. O telefone 199 pode ser acionado em caso de quedas de árvores sobre vias públicas ou imóveis e também para vistorias em imóveis que possam ter sido afetados pelas chuvas. Para emergências, o telefone é o 193 do Corpo de Bombeiros.
Kit de emergência
Com foco justamente no atendimento a famílias desabrigadas, a Secretaria Municipal de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos, lançou na reunião um kit de emergência. O kit inclui travesseiro, fronha, lençol, toalha e itens de higiene (shampoo, condicionador, sabonete, absorvente, lâmina de barbear, desodorante, pente, escova e pasta de dentes). Será adicionado ao que já é oferecido como abrigamento, colchão, cobertor e Cartão Nutrir (R$ 116,48).
Na Operação Verão, a Assistência é um dos setores que trabalham com a Defesa Civil. “Temos 30 servidores de plantão que são acionados pela Defesa Civil em situações de emergência. Também fazemos posteriormente o acompanhamento dessas famílias para que elas possam superar a situação de vulnerabilidade em que se encontram”, afirmou a secretária municipal da pasta, Vandecleya Moro.
Participação da comunidade
Uma das metas da Operação deste ano é promover o envolvimento da sociedade civil em ações de autoproteção. Para isso, a Prefeitura, por meio da Defesa Civil e do Departamento de Informatização (Deinfo) da Secretaria de Chefia de Gabinete, modernizou o site Campinas Resiliente. O hotsite reúne todos os alertas, informações sobre o clima e ferramentas de monitoramento ao alcance da população. A ação integra as comemorações aos 250 anos de Campinas. Saiba mais aqui .
Participaram da reunião os secretários municipais do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Rogério Menezes; Infraestrutura, Carlos José Barreiro; Planejamento e Desenvolvimento Urbano, Marcelo Coluccini; Trabalho e Renda, Artur Orsi; de Habitação e presidente da Cohab, Arly de Lara Romêo; os presidentes da Emdec, Vinicius Riverete; da Sanasa, Manuelito Magalhães; Mata de Santa Genebra, Cidão Santos; Setec, Enrique Lerena; o vereador Carlinhos Camelô; o comandante do 7º Grupamento de Bombeiros de Campinas, Major Fabio Pedron; e o consultor de relacionamento da CPFL, Fernando Amaral. Servidores das diversas equipes que atuam na Operação estavam presentes.
Contingência
O Plano de Contingência de Proteção e Defesa Civil funciona com quatro níveis:
– Estado de Observação: até 80mm de chuva, acompanhamento dos índices pluviométricos.
– Estado de Atenção: a partir de 80,1mm, vistoria de campo nas áreas relacionadas anteriormente.
– Estado de Alerta: após vistoria do órgão técnico designado pela Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec), remoção preventiva da população das áreas de risco iminentes indicadas pelas vistorias.
– Estado de Alerta máximo: remoção de toda a população que habita áreas de risco, indicada por vistoria de órgão designado pela Cepdec.
Áreas de risco
O Plano aponta os 18 setores e as áreas de risco em Campinas:
01 – Vale das Garças e Vila Holândia
02 – Jardim Santa Mônica, Jardim São Marcos e Jardim Campineiro
03 – Jardim Ipaussurama
04 – Jardim Rossin, Núcleo Princesa D’Oeste e Jardim Florence II
05 – Jardim Florença I
06 – Jardim Campina Grande e Satélite Íris
07 – Sousas – Rua Quinze de Novembro “Beco Do Mokarzel”
08 – Jardim Novo Flamboyant – “Buraco Do Sapo”
09 – Jardim Novo Flamboyant
10 – Jardim Itatiaia, Jardim São Fernando e Jardim Baronesa
11 – Jardim Andorinhas
12 – Jardim Tamoio – Rua Salomão Abud
13 – Parque Oziel
14 – Jardim Monte Cristo, Jardim do Lago I e Jardim das Bandeiras II
15 – Jardim Irmãos Sigrist
16 – Jardim Santo Antônio – Rua Martinica
17 – Parque Universitário – Avenida Aglaia
18 – Jardim Campos Elíseos