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Copa, black friday e eleições: como eles movimentarão o e-commerce?

Historicamente, as datas comemorativas são importantíssimas para o varejo. Afinal, estamos falando de oportunidades para abordar o cliente de forma diferenciada, apelando para o senso de urgência.

No caso deste ano, a expectativa é de que o último trimestre seja bastante movimentado.

Como o e-commerce costuma crescer em períodos de mudanças (vide o que ocorreu durante os meses de isolamento social), este é o momento de se preparar para os eventos que devem estimular a economia do país.

Omnicanalidade

O primeiro aspecto a ser considerado é a consolidação do comportamento omnichannel do público.

É importante ter isso em mente, até para lidar da forma correta com as eventuais oscilações nas vendas.

Nas últimas datas comemorativas, como Dia dos Pais, o comércio eletrônico não registrou a mesma média de crescimento de 2020 e 2021. Mas isso já era esperado, uma vez que o e-commerce havia contabilizado nesses períodos números bem acima da média, até em razão do fechamento das lojas.

Para quem tem uma operação omnichannel, o importante é conseguir atender o cliente da forma que for mais conveniente para ele.

E, nesse sentido, sai na frente quem consegue atuar de forma integrada, explorando o potencial de cada um de seus canais.

O que está muito claro, quando analisamos a movimentação do mercado, é que mesmo que a venda não aconteça no digital, ela é decisiva para influenciar a tomada de decisão do cliente.

Pensamos, nesse caso, em tudo o que acontece durante a jornada de compra. Onde foram realizadas as pesquisas sobre características e preços do produto? O cliente foi impactado por um post na rede social? Recebeu uma mensagem via WhatsApp? Foi abordado por uma campanha de e-mail marketing da própria loja?

Enfim, hoje as empresas têm inúmeras possibilidades para interagir com o cliente e, claro, para ajudá-lo a se decidir. Agora, a escolha do canal depende de uma série de fatores, como preço, urgência, conveniência etc.

Por isso que, ao analisarmos as expectativas para os próximos meses, temos que considerar as oportunidades que podem fazer com que a marca se diferencie da concorrência.

Quais serão os impactos dos grandes eventos do último trimestre de 2022?

Como dissemos lá no início, não temos dúvidas de que teremos pela frente tempos intensos.

O segundo semestre já costuma ser mesmo mais movimentado para o varejo, e este ano temos eleições e Copa do Mundo, que vão ocorrer bem próximas de uma das mais importantes datas para o comércio, a Black Friday.

Eleições

Há quem veja com receio o período eleitoral, pelas turbulências geradas na economia, mas temos que considerar que a situação estará resolvida no início de novembro.

Além disso, a expectativa é de que as medidas adotadas neste momento pelo governo sejam importantes para injetar mais dinheiro na economia no final do ano, ajudando a melhorar as condições do consumidor.

Copa do Mundo

A estreia da seleção brasileira acontece no dia 24 de novembro e, como acontece nos períodos do evento, deve gerar compras adicionais.

As primeiras partidas do Brasil vão acontecer às 16h, horário propício para que as pessoas consigam se reunir para acompanhar os jogos.

Além de bares, restaurantes e entretenimento em geral, outras categorias, como a de vestuário, podem ter impactos positivos.

Isso sem falar do setor de eletrônicos, que costuma ser mais demandado na fase de preparativos dos jogos, uma vez que a população tende a usar o evento como uma boa desculpa para atualizar os seus equipamentos.

E, o mais relevante, é mesmo o clima de festa, que tem efeitos positivos sobre o consumidor.

Black Friday

Consolidada no calendário nacional, a principal liquidação do ano deve ser analisada com mais atenção em 2022.

O evento acontece na sexta-feira, dia 25 de novembro, um dia depois da estreia do Brasil na Copa.

A expectativa é de que a proximidade dos eventos ajude a movimentar ainda mais a data, mas as empresas terão que se planejar melhor. Como o futebol estará em evidência, as campanhas terão que ser mais concentradas para gerar o buzz almejado pelas marcas.

Analisando os dados históricos do evento, a pesquisa da Opinion Box traz alguns insights importantes:

  • os consumidores esperam por ofertas das categorias de eletrônicos, eletrodomésticos e eletroportáteis. São produtos de valores mais altos e, portanto, a população considera que vale a pena aguardar pelas oportunidades preparadas pelas empresas.
  • outra categoria importante (e que deve manter-se em alta) é a de Moda e Acessórios.
  • no planejamento das estratégias, é importante considerar o que pode prejudicar a experiência do cliente. Em 2019, 54% dos consumidores deixariam de comprar por falta de confiança e 51% pelo valor do frete. Em 2020, 60% dos consumidores não iriam até o fim com a compra pela alta taxa de frete e 43% pela falta de confiança. Já em 2021, 56% desistiriam pelo frete alto e 46% por não confiar na loja.
  • a recomendação, para minimizar essas objeções, é investir justamente na promoção da marca, de forma a garantir que os consumidores tenham uma percepção positiva sobre ela. Vale lembrar que, nesse caso, além das campanhas de cunho publicitário, é fundamental monitorar redes sociais e sites de avaliações, uma vez que eles provavelmente serão importantes fontes de consulta por parte do cliente.
  • com relação à questão do valor do frete, há alguns caminhos para se contornar as dificuldades. Além das negociações antecipadas com os fornecedores, para garantir condições de venda mais favoráveis, é possível estudar a oferta de cupons de desconto, de cashback ou mesmo a possibilidade de retirada do produto em loja.

Pela sua importância para aquecer as vendas das empresas, não temos dúvidas de que a Black Friday exige cada vez mais mais atenção dos gestores, no sentido de preparar melhor as lojas.

Dentro desse cenário que citamos (com eleições e Copa), os investimentos devem ser intensificados, pois são altas as chances de os consumidores estarem mais propensos às compras.

Para o ecossistema do e-commerce, trata-se de um período crucial, até porque ele é o eixo do comportamento omnichannel. Quem conseguir alinhar suas estratégias para obter o melhor de cada canal de vendas tende a fechar 2022 muito bem, apesar das turbulências.

Devemos ter em mente, também, que houve um amadurecimento por parte do consumidor brasileiro.

Sem perder de vista que, além dos consumidores que aderiram às compras online no período da pandemia, temos a chegada da geração Z, que a cada ano aumenta a sua participação no mercado de consumo, reforçando sua presença em grandes eventos, como a Black Friday.

 

Fonte: e-commercebrasil

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