Por Caio Camargo, sócio-diretor da GS&UP, potencializadora de Negócios do Grupo GS& Gouvêa de Souza
CTA: Call to action. Termo em inglês que significa “chamar para a ação”. É muito utilizado principalmente nas mídias digitais, como as postagens nas redes sociais, como forma de engajar consumidores, ou pelo menos, estimulá-los a participarem da conversa, com comentários e opiniões.
São frases como: “E aí, qual sua opinião sobre esse assunto?”, que costumam a encerrar as postagens, no intuito de que movimentar o post em si. Em tempos onde comentários e compartilhamentos são muito mais valiosos do que os likes antes perseguidos, o CTA hoje é essencial para as marcas.
Agora o que isso tem a ver com as lojas físicas? Há muito tempo estamos criticando as lojas que ainda insistem no modelo de ser apenas um local de venda de produtos, ou um ponto de venda como sempre utilizamos na linguagem técnica, para algo muito maior do que isso e que no âmbito de marca, seja um local de conexão entre a marca e os consumidores.
Mas falta pegada.
Se estiver por exemplo em algum corredor de shopping, talvez o único call to action que você verá na maioria das lojas ainda são os cartazes com descontos, cada vez menos eficazes, uma vez que há a sensação de que durante o ano todo você encontra descontos de 20-30% em praticamente todas as lojas do local. Para o consumidor, virou paisagem.
E se sobra inspiração na hora de pensar no conceito ou arquitetura da loja, parece que falta brilho ou inspiração na hora de criar vida e atenção na hora da promoção.
Embora seja uma das alternativas, principalmente se estivermos falando de lojas de rua com perfis mais populares, música alta ou clima de festa não funciona para todos.
Exemplos como colocar na entrada, algo que possa contar com a interatividade do consumidor, como um local “instagramável”, que sirva de inspiração para uma foto, ou melhor dizendo para muitas fotos, podem ser algumas das alternativas. Empresas como Mac e Hering apostaram recentemente nesses conceitos.
Na recente loja conceito da Hering, do Morumbi Shopping, por exemplo, há um balanço colocado na vitrine, onde as pessoas podem literalmente fazer parte da vitrine. Um convite não só para uma foto, mas para conhecer a loja.
Vale a pena buscar novas possibilidades para chamar a atenção do consumidor. Hoje, mais do que uma loja de descontos, os novos consumidores cada vez mais buscam um local para se relacionar, e se relacionar com a marca. Em um mundo onde o engajamento se torna cada vez mais relevante em relação à notoriedade, buscar novas e criativas formas de “chamar para alguma ação” seus consumidores, é cada vez mais essencial.
Fonte: https://newtrade.com.br/varejo/engajar-o-consumidor-tambem-vale-para-as-lojas-fisicas/