Em pouco mais de um ano em funcionamento, o Pix, sistema de pagamentos instantâneos lançado pelo Banco Central, já possui mais de 115 milhões de usuários e 1,2 bilhões de transações – número que supera as operações com boletos, TEDs, DOCs e cheques, juntas. Mais da metade das empresas, principalmente no varejo, já adotaram o sistema que tem caído, cada vez mais, no gosto da população.
Além da sua praticidade, um dos maiores sucessos dessa solução no Brasil está ligado à essa inclusão financeira. Na análise de Marcelo Pereira, professor de Economia da Estácio São Paulo, a amplitude observadas na operação via Pix foi vantajoso principalmente para as classes C e D ( que por muitas vezes se encontram em atividades informais). “E o que esse público sempre demandou foi a facilitação de seu consumo como pessoa física, como o tradicional carnê de pagamento, na compra parcelada, o financiamento na aquisição de produtos e serviços, além da falta de liquidez no seu dia a dia. A inclusão social e econômica proporcionada pelo Pix estabeleceu assim a continuidade de seus hábitos, atendendo suas necessidades e mantendo as expectativas da sustentabilidade financeira de seus negócios, muitas vezes agora com menor custo, maior rapidez e exatidão nas operações financeiras”, explica o economista.
Agora em seu segundo ano de vida, o Pix apresentará novidades em 2022. Serão 5 grandes etapas para a nova tecnologia bancária, que vai facilitar ainda mais a vida dos usuários e trazer muitos outros benefícios para o comércio.
Pix: conheça as 5 grandes inovações para 2022
Pix Garantido: irá permitir o parcelamento dos pagamentos (como um cartão de crédito), bem como agendar pagamentos, por meio do Pix.
Pix Aproximação: o mesmo recurso que existe hoje para o QR Code ao aproximar o celular da máquina de cartão, será utilizado também para o pagamento via Pix.
Pix Débito Automático: contas de consumo, como água, luz e telefone, poderão ser programadas para pagamento automático com Pix.
Pix Offline: o Bacen informou que existem três tipos de tecnologias sendo testadas, uma delas o QR Code offline, onde somente uma “pessoa” necessita estar conectada a uma rede. O processo ainda segue em avaliação.
Pix Internacional: O Bacen já conversa com países como Inglaterra e Itália para permitir transferências internacionais instantâneas a partir da ferramenta.
A segurança como fator evolutivo do Pix
Mesmo com toda a praticidade e vantagens do Pix, a questão da segurança deve andar lado a lado. No Procon-SP, de acordo com dados do próprio órgão, de janeiro a agosto de 2021, foram registradas 2.500 reclamações relacionadas ao PIX, sendo que só de julho a agosto foram mil. Os maiores problemas foram: devolução de valores/reembolso; SAC sem resposta/solução; compra/saque não reconhecido; produto ou serviço não contratado e venda enganosa. De olho nesses desafios de segurança, o Banco Central anunciou no final de 2021, medidas de segurança para o Pix, como bloqueio cautelar, notificação de infração, entre outras (leia aqui).
Tudo isso leva nos leva a crer que essa ferramenta seguirá me forte crescimento no Brasil. E se você ainda quer saber mais sobre os impactos dessa tecnologia e ouvir as considerações de especialistas, na Era do Diálogo de 2021, o Pix foi debatido no painel “O Impacto do Pix nas Relações de Consumo” (leia aqui).
Fonte: CONSUMIDOR MODERNO