O comércio físico vai ter que se adaptar depois desse longo período de quarentena. É preciso continuar a investir no digital, mas é preciso também investir numa nova experiência de venda, porque o consumidor nunca mais será o mesmo.
Denis Santini, empresário, professor universitário e especialista em marketing, varejo e franquias, é categórico: “As empresas vão sair mais tecnológicas e as pessoas mais humanas. Tudo isso vai fazer com que tenhamos um novo normal. Quem vai se dar bem? Quem se adaptar primeiro”.
O professor acredita que com a reabertura gradual das lojas, o consumidor não irá de imediato às compras e, mesmo assim, o empresário irá encontrar um novo público. Para ele, o consumidor espera encontrar um varejo diferente e mais formas de comprar.
Existe é um desafio de opostos: lojas precisam oferecer algo a mais para o consumidor entrar, porque o consumidor retraído tem medo de se contaminar. A palavra é adaptação.
A primeira mudança será no espaço físico. Mais distância entre mesas, equipamentos e produtos, para não ter aglomeração. No setor de moda, por exemplo, quando as lojas reabrirem, como fazer para o público ter segurança para experimentar as roupas? “Já estão sendo criados espelhos virtuais. Na loja física, o espelho te escaneia. Ele te veste virtualmente”, conta Santini.
O consumidor, segundo Santini vai sair da quarentena mais exigente e com menos dinheiro no bolso: “O parcelamento veio pra ficar. Haverá uma readequação financeira. As pessoas vão consumir de marcas que se sentem mais seguras”.
Fonte: NEWTRADE