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Apesar da redução nas vendas, ticket médio dos shoppings aumenta em 2020

Apesar da redução nas vendas causada pelo fechamento das lojas por causa das medidas de isolamento social, o ticket médio dos shopping centers cresceu no Brasil na comparação com 2019, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce).

O destaque ficou para o mês de junho, quando o ticket médio foi de R$ 154,65, o que representa um aumento de 59,4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em maio, o ticket médio chegou a R$ 136,43, uma alta de 46,8% na comparação com o mesmo mês de 2019. Nesse período, ocorrem duas importantes dadas para o varejo: o Dia dos Namorados e o Dia das Mães.

“O medo da contaminação pelo coronavírus fez com que os visitantes passassem a ir com menos frequência aos shoppings e, dessa forma, tornassem suas compras mais assertivas”, afirma Glauco Humai, presidente da associação.

Quando analisados especificamente os tickets médios das datas comemorativas, houve um crescimento significativo em relação a 2019. A única exceção foi o Dia dos Pais, com valor ligeiramente inferior. A média de crescimento nas datas comemorativas em 2020 foi de 8,1%, enquanto no ano passado foi de 2,7%.

Comparando a evolução do ticket médio entre shoppings e lojas de rua, o melhor desempenho foi dos shoppings. O varejo de rua, assim como os shoppings, também foi muito afetado pela pandemia, mas por concentrar segmentos de produtos essenciais, como supermercados e drogarias, apresentou uma queda menor em suas vendas.

“A crise sanitária trouxe uma queda no nível de vendas nunca verificado no setor de shoppings, mas também um ticket médio diferenciado, ou seja, uma combinação de resultados provocada pela própria natureza da crise’, explica Humai.

A região do País que apresentou melhor desempenho do ticket foi o Nordeste, com alta de 53,4%, seguida por Sudeste (31,5%), Norte (26,9%), Centro-Oeste (14,1%) e Sul (39,8%). Em março de 2020, os 577 shoppings do País foram fechados, o que fez com que as vendas apresentassem uma queda sem precedentes na história do setor. O movimento de reabertura dos empreendimentos teve início em abril e só foi concluído no final de agosto, quando todos os shoppings já estavam operando, mas com restrições de horário.

 

Fonte: Mercado e Consumo

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