O prefeito Jonas Donizette (PSB) sinalizou ontem, durante live nas redes sociais, que poderá permitir a abertura do comércio, com regras sanitárias, antes do dia 11 de maio, quando termina o atual decreto de quarentena. Ele afirmou que a véspera é Dia das Mães, data de grande faturamento do comércio, a segunda mais importante depois do Natal. “Estamos analisando e teremos nosso próprio plano de reabertura gradual da economia”, disse. Jonas informou que o plano será levado ao governo do Estado para avaliação. Ontem, as óticas voltaram a funcionar em Campinas com regras sanitárias rígidas.
O prefeito informou que tem mantido contato constante com o governador. Ele disse que o comércio não vai voltar a 100% e que deu prazo até segunda-feira para o Comitê de Enfrentamento da Covid-19 para apresentar o estudo.
O projeto é que a implantação ocorra em fases, observando número de casos, disponibilidade de leitos. O governador João Doria anunciou ontem o que chamou de Plano São Paulo, e que prevê a flexibilização gradual que levará em conta situações dos municípios e setores que possam retomar a economia com as devidas medidas de proteção.
Para a avaliação será levado em conta três níveis, de acordo com o avanço da Covid-19. Zona vermelha, amarela e verde. Hoje, segundo Doria, não existe nenhuma cidade na zona verde. Na zona vermelha estão locais com elevado número de infecção por coronavírus e alta taxa de ocupação de leitos de UTI. Na amarela, situação estável de casos e ocupação adequada das UTIs e verde, baixo número de casos, baixa ocupação de UTIs, disponibilidade de testes para sintomáticos e suspeitos e protocolo setoriais implantados. Jonas disse que pelos critérios do Estado, Campinas está na zona amarela.
A Prefeitura avalia fazer uma espécie de cursinho pela internet para os empresários, com uma prova com três questões e com isso fornecer um certificado digital de que ele está apto a abrir o estabelecimento e tem conhecimento de todas as regras sanitárias de funcionamento. A ideia, disse o secretário de Saúde Cármino de Souza, que a intenção é estabelecer parâmetros para atender o máximo possível às atividades, sem diminuir os pressupostos do enfrentamento da crise. “Acredito que nossa saída da quarentena possa ocorrer com um treinamento de forma o maior número possível possa ter o certificado que mostre que estão habilitados a trabalhar”, afirmou.
Nesse cursinho, os empresários receberão informações das medidas necessárias, como uso de máscaras, higienização e distanciamento.
