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Natal 2020: shoppings têm queda de 12% nas vendas, mas comemoram retomada gradual

As vendas do Natal de 2020 caíram 12% em relação à data comemorativa do ano passado, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Os dados foram apurados pela Cielo para compor o Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA). Para a Abrasce, apesar de negativo, o resultado mostra resiliência do setor, que aos poucos vem revertendo as perdas que chegaram a 90% por conta da pandemia de Covid-19.

“Conseguimos fortalecer a confiança que o consumidor tem nos shoppings e recebê-lo com segurança para realizar suas compras, sem fluxo intenso de pessoas. Vínhamos com uma queda média de 25% nas vendas nas últimas quatro semanas e a força do período nas vendas do Natal fez esse índice subir”, afirma o presidente da associação, Glauco Humai.

Para ele, os resultados só não foram melhores por causa do da imposição de mais restrições por parte dos governos diante do aumento de casos de Covid-19 no País – em São Paulo, o comércio não essencial teve de ficar fechado entre os dias 25 e 27 de dezembro por exemplo.

Este ano, o tíquete médio foi de R$ 197, o que representou uma alta de 5,9% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado. “O setor tem investido em novos canais e novas jornadas de compra, como alternativa de atender aos clientes da melhor forma, o que reflete na alta do tíquete médio”, completa Humai.

O presidente da Abrasce destaca que o setor tem buscado entender a realidade dos lojistas, caso a caso, respeitando a particularidade de cada contrato. Em ordem de grandeza, as administradoras de shopping centers já abstiveram mais de R$ 5 bilhões em adiamento e suspenção de despesas aos lojistas considerando aluguéis, condomínios e fundos de promoção.

Os shopping centers geram, no Brasil, mais de 3 milhões de empregos. Para Nabil Sahyoun, presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), a parceria entre os lojistas e os shopping centers tem sido fundamental.

“Em um ano tão difícil para todas as pontas, a sinergia entre os lojistas e empreendedores foi fundamental para seguirmos com resiliência. Temos nos ancorado em toda e qualquer oportunidade de negociação e retomada de vendas, sempre cuidando da saúde, mas muito preocupados com a manutenção dos empregos do setor”, afirma.

 

Fonte: Mercado e Consumo

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