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O pesadelo do megashopping American Dream

O plano da Triple Five, empresa canadense que é uma das maiores donas de imóveis comerciais dos Estados Unidos, era grandioso e inovador: construir o segundo maior shopping center americano, mas com mais de metade do espaço dedicado ao entretenimento, não a lojas.

O consumidor americano da era do smartphone não quer – ou não precisa – ir ao shopping para comprar. Mas, se as opções de diversão forem atrativas o suficiente, quem sabe ele não se convence a pelo menos dar uma olhadinha nas vitrines?

Para chamar a atenção para a cidade de East Rutherford (Nova Jersey), a menos de 15 quilômetros de Manhattan, a Triple Five ergueu um complexo de 280.000 metros quadrados que conta com dois parques de diversões, a maior pista de esqui indoor da América do Norte, um parque aquático, mini golfe e aquário, além dos tradicionais cinemas e restaurantes. E lojas, claro.

Ou pelo menos este era o plano. O projeto, que custou US$ 5 bilhões e levou 15 anos para ser concluído (o negócio trocou de mãos duas vezes neste período), teve um soft opening no final de outubro do ano passado, com a inauguração do rinque de patinação e do parque temático do canal de televisão infantil Nickelodeon. Em dezembro, a pista de esqui abriu suas portas ao público.

A abertura das cerca de 300 lojas estava prevista para meados de março – justamente quando a pandemia do coronavírus chegou à região de Nova York. Quando foi decretado o isolamento, apenas 8% do espaço havia sido aberto ao público.

Embora os shoppings de Nova Jersey estejam abertos desde o final de junho, ainda não há data prevista para que o American Dream seja inaugurado em sua totalidade — não sabe nem mesmo se isso vai acontecer tão cedo.

O grupo Triple Five (que também é dono do maior shopping dos Estados Unidos, o Mall of America, no estado de Minnesota), deu calote em três pagamentos consecutivos da hipoteca, e inquilinos estão rompendo contratos de aluguel.

Antes mesmo do fechamento por causa da Covid-19, duas tradicionais lojas de departamento de Nova York, Barney’s e Lord & Taylor, abandonaram os planos de abrirem unidades no American Dream.

Segundo o site NJ.com, que cobre o estado, marcas como Forever 21 e Victoria’s Secret estariam estudando fazer o mesmo.

Fonte: Infomoney

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