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O que é pagamento instantâneo? Entenda como funciona a nova tecnologia

Com a chegada do pagamento instantâneo ao Brasil, o cartão de crédito físico e as transferências bancárias tradicionais poderão ser menos usados. O projeto do Banco Central, anunciado no final de 2018, visa criar uma modalidade de transações eletrônicas rápida, disponível 24 horas pelo celular e aceita em qualquer estabelecimento no país.

Com custo mais baixo e compensação em poucos segundos, a novidade tem o propósito de substituir, gradativamente, as transferências por DOC ou TED. Bancos, bandeiras de cartão e fintechs apoiam a iniciativa e se preparam para aderir à plataforma desenvolvida pelo BC, cujos testes começam em fevereiro. Veja, a seguir, tudo o que se sabe até o momento sobre a nova forma de pagar e transferir valores.

Pagamento instantâneo vai funcionar via QR Code 24 horas por dia, sete dias por semana — Foto: Divulgação/Itaú

Pagamento instantâneo vai funcionar via QR Code 24 horas por dia, sete dias por semana — Foto: Divulgação/Itaú

O que é pagamento instantâneo

O pagamento instantâneo será um meio de liquidação de valores feito de forma eletrônica em tempo real entre instituições financeiras. A operação funcionará em uma plataforma unificada, chamada de Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), desenvolvida e gerida pelo Banco Central. Ao contrário de transferências bancárias comuns, será preciso apenas de um dado identificador para realizar a transação, como CPF, e-mail ou celular.

O funcionamento é similar ao de apps de pagamento como Mercado Pago e PicPay. A plataforma, no entanto, tem a pretensão de reunir também bancos tradicionais como Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, assim como digitais como o Nubank, bandeiras de cartão e demais prestadores de serviços financeiros.

Na prática, a troca de informações entre as entidades se dará nos bastidores e o usuário irá lidar principalmente com QR Code. Um cliente que desejar pagar por um café deverá abrir um aplicativo no celular para ler o código do estabelecimento. Mediante uma confirmação de identidade, que poderá envolver leitura de digitais ou face, o sistema irá verificar se a operação é válida e realizar a transferência instantaneamente.

O uso desse tipo de código para pagamentos ainda não é popular no Brasil, mas está em ascensão. Um levantamento da Capterra/Gartner realizado em janeiro de 2020 aponta que 57% dos entrevistados já fizeram algum tipo de transação utilizando esse meio eletrônico, atraídos pela rapidez e facilidade na hora de efetuar as operações.

O crédito é feito na hora para o estabelecimento e o débito acontece instantaneamente a partir do crédito do cartão, do saldo na conta bancária ou qualquer outro método de pagamento cadastrado pelo consumidor. O mesmo valerá para pagamentos entre duas pessoas: bastará selecionar um contato na agenda para enviar um valor rapidamente.

Funcionamento do pagamento instantâneo promete ser similar ao de apps como o PicPay — Foto: Daniel Dutra/TechTudo

Funcionamento do pagamento instantâneo promete ser similar ao de apps como o PicPay — Foto: Daniel Dutra/TechTudo

O projeto é feito para atender a qualquer pessoa, mesmo que não tenha conta em banco. Todos os pagamentos serão realizados em uma plataforma única e poderão envolver transações entre pessoas físicas, entre pessoas e estabelecimentos, entre empresas e destas com o governo. Isso ocorre porque a plataforma será interoperável por qualquer entidade ligada à iniciativa. Diferentemente do que acontece hoje, a mesma plataforma será usada por um grande banco ou uma pequena fintech de pagamentos. O banco de dados e a administração ficarão sob responsabilidade direta do Banco Central.

Fonte: Techtudo

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