O Google fez um avanço muito grande em uma tecnologia que vai mudar o mundo: fusão nuclear. A empresa e uma companhia chamada Tri Alpha Energy (financiada por Paul Allen, co-fundador da Microsoft) criaram um algoritmo que elevou radicalmente a velocidade da experimentação com plasmas, o caminho para obtermos uma fusão nuclear estável.
A companhia já levantou US$ 500 milhões para desenvolver a tecnologia e é uma das empresas correndo atrás da fusão nuclear: Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, aposta em outra companhia e alemães conseguiram grandes avanços no ano passado.
Esse novo algoritmo usa computação de alta performance para encontrar novas formas para problemas complexos. A fusão nuclear é um processo de geração de energia em altíssima temperatura, que acontece no núcleo do sol, por exemplo. Há diversos problemas ainda com ela, já que é difícil manter a situação estável por tempo suficiente.
Por isso, o uso de um algoritmo de deep learning pode ajudar os computadores a fazerem pequenas mudanças no processo de fusão por tempo o suficiente para deixá-la estável por tempo necessário. Cientistas conseguem ajudar o robô a tomar decisões.
Os experimentos avançaram muito mais rapidamente com este novo algoritmo, com resultados de meses de trabalhos obtidos em poucas horas. O algoritmo demonstrou novas formas de operar o plasma, reduzindo as perdas de energia em 50% e aumentando o total de plasma. A companhia pretende produzir energia de fusão nuclear já na próxima década.
Tecnologia vai mudar o mundo: fusão nuclear vai tornar a energia tão barata que vai ser possível transformar regiões desérticas em plantações, dessalinizar água do mar e parar de usar petróleo. Boa parte destas tecnologias são desenvolvidas no principal polo de tecnologia do mundo, o Vale do Silício.