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Implementação de “store in store” atrai clientes e expande marcas

O modelo store in store (“loja dentro da loja”, em português) tem se mostrado uma ótima alternativa para os varejistas que estão em processo de recuperação dos prejuízos decorrentes da pandemia, auxiliando na realização de novos investimentos.

Este tipo de negócio consiste em uma ou mais lojas/marcas dividindo o mesmo ponto de venda. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que o store in store, já consolidado nos Estados Unidos, pode ganhar destaque no Brasil nos próximos anos, principalmente pela diluição dos custos.

Entretanto, a Entidade aponta que o sucesso deste modelo de negócio depende de um planejamento minucioso e da elaboração de um contrato de parceria, nos quais os direitos e as obrigações de ambas as partes estejam bem definidos.

Exemplos de sucesso

Desde 2019, o Extra firmou parceria com a varejista de brinquedos Ri Happy, abrindo espaços para a venda de brinquedos dentro dos hipermercados da rede, com a marca Ri Happy Perto. Assim, os clientes podem pagar os produtos nos caixas do Extra junto com os demais itens da compra. Vale lembrar que o setor de supermercados foi um canal de venda importantes no auge da pandemia, considerando o fechamento dos shopping centers, que abarcam muitas lojas do comércio.

Recentemente, a rede varejista Casas Bahia também aderiu à iniciativa. A megaloja, localizada na Marginal Tietê, em São Paulo, além de contar com espaços criados por marcas parceiras, repletos de tecnologia e com experiências imersivas, também abriga uma loja de vinhos da Wine, a perfumaria Soneda e a lanchonete Casa Bauducco.

O modelo de loja dentro da loja também é utilizado como estratégia para projetos de abrangência geográfica, já que alguns estabelecimentos não são viáveis economicamente em municípios com menos de 200 mil habitantes. É o caso da Love Brands, que reúne quatro grandes empresas – Imaginarium, Puket, Balonè e Chilli Beans – em um único ponto de venda. Assim, o cliente tem acesso a um mix de produtos diversificados de marcas reconhecidas nacionalmente sem a necessidade de deslocamento para uma cidade maior.

Vantagens

  • Redução dos custos com aluguel, energia elétrica, segurança, limpeza, entre outros.
  • É uma estratégia mais barata quanto à expansão geográfica, reforçando, por exemplo, a omnicanalidade do negócio. Assim, consumidor pode comprar pelos canais digitais e retirar o pedido no ponto de venda.
  • Ao oferecer um portfólio de produtos e serviços variados em um mesmo ponto de venda, espera-se um aumento no tráfego de pessoas na loja.

Riscos e obstáculos

  • Possíveis conflitos de interesse – por exemplo, o controlador do ponto de venda pode dar preferência a uma categoria de produtos ou marca, visando a uma margem de lucro maior, em detrimento de outra loja.
  • Falta de sinergia entre as marcas, tanto em relação ao público-alvo quanto aos princípios da empresa.
  • Cada loja é responsável pela própria manutenção. A falta de investimento na modernização do espaço pode deixar o local deteriorado, afetando a atratividade.

Por fim, é importante destacar que o modelo de loja dentro de loja não se trata de alugar um espaço ocioso e vender produtos. É necessário que haja integração e gerenciamento do espaço. Algumas iniciativas não prosperaram justamente pela falta de adaptação, além de falhas no gerenciamento do estoque e no treinamento dos funcionários.

 

FONTE: FECOMERCIOSP

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