A Meta, mantenedora do Facebook, WhatsApp e Instagram, está cada vez mais de olho nas plataformas chinesas que misturam o e-commerce às redes sociais. Por lá, no Oriente, redes como o WeChat se consagraram no social commerce — e o Instagram pretende ser, aqui no Ocidente, algo semelhante.
Prova disso é a nova atualização da plataforma de fotos e vídeos nos Estados Unidos. A partir de agora, os usuários poderão não apenas adquirir produtos vendidos no Instagram, como também pagar dentro dele e acompanhar a entrega por meio das mensagens diretas (DMs).
E o pagamento, vale destacar, será feito pela própria rede social, de forma semelhante à maneira que o WhatsApp já opera. O caminho é o chamado Meta Pay — uma parceria entre a Meta e o PayPay —, uma carteira digital para contas comerciais que faz toda a operação por dentro do aplicativo.
Como funciona?
De acordo com o anúncio da Meta, as lojas enviarão, dentro do próprio aplicativo, uma solicitação de pagamento via DM. Uma vez que o consumidor preenche seus dados e concretiza a venda por meio do próprio aplicativo do Instagram, assim como os dados de endereço para a entrega, o chat muda.
Automaticamente, de acordo com as configurações do lojista, as atualizações do pedido serão enviadas via chat para o cliente e, em alguns casos, o rastreio poderá ser feito em tempo real — algo que a Meta já deixou claro estar em fase de testes.
A ideia da companhia é fornecer um canal que seja tanto um espaço de suporte e atendimento para com as empresas, como também um espaço multifuncional que conta com meio de pagamento digital, rastreio dos pedidos, acompanhamento de processos e canal de relacionamento para tirar dúvidas.
Vale destacar que o resto das funcionalidades de venda do Instagram não terão mudanças. Para quem anuncia os preços na plataforma — sem redirecionar o consumidor para fora da rede social —, o processo continuará o mesmo.
O Instagram como espaço de compras e vendas
A atualização do aplicativo para as contas comerciais, que possibilitará esse rastreamento da entrega, ainda está disponível apenas para os Estados Unidos, mas deve chegar por aqui em breve. O canal será dividido tanto para atendimento comum — como um chat — quanto para acompanhar o pedido.
Desde a pandemia, o Instagram foi um dos espaços mais promissores para pequenos e grandes negócios do e-commerce. E não apenas por ter uma plataforma pensada para as vendas e vitrines digitais, mas também pela facilidade de atingir um público maior.
Tornar a rede em uma plataforma de e-commerce tem sido um esforço coletivo da Meta desde o período pré-pandemia. Agora, no entanto, as intenções estão mais claras: os anúncios e formatos de contas comerciais já são bem mais voltados para a construção de uma plataforma de vendas.
Fonte: Consumidor moderno