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Campinas gera 4 mil empresas no 1º semestre, emplaca alta de 59,6% e segue tendência de recuperação na pandemia

O primeiro semestre de 2021 terminou mantendo a tendência de recuperação na economia de Campinas (SP) em meio à pandemia da Covid-19. Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), apontam 4.085 empresas abertas em seis meses, alta de 59,6% no período, considerando novos negócios diante de boas oportunidades, mas também aqueles gerados como alternativa ao desemprego.

Todos os meses de 2021 superaram os números do ano passado, com destaque para 771 companhias constituídas em fevereiro. Veja os balanços mensais no gráfico abaixo:

Em entrevista ao G1, o economista e professor da PUC-Campinas, Roberto Brito, analisa que o ritmo elevado de geração de novas empresas deve ser entendido como positivo, pois há setores da economia retomando seu curso. Mas as ações de reabertura de negócios esbarram na dificuldade de uma recolocação das pessoas no mercado de trabalho.

“A busca por sobrevivência faz com que a ação empreendedora aconteça na tentativa de conseguir gerar renda a partir dessas iniciativas que estão sendo tomadas”, afirma.

O setor que mais gerou novos registros na Junta Comercial foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 979 cadastros.

Setores que mais abriram empresas

  1. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas: 979
  2. Atividades administrativas e serviços complementares: 538
  3. Atividades profissionais, científicas e técnicas: 518
  4. Saúde humana e serviços sociais: 461
  5. Informação e comunicação: 321

 

Mais empresas fechadas

No mesmo período de janeiro a junho, no entanto, muitas empresas fecharam na metrópole, com destaque para os meses de fevereiro (356) e junho (322), que tiveram mais baixas. No ano passado, o pico de baixas foi em junho (288).

O primeiro semestre de 2021, totalmente afetado pelas incertezas da crise econômica e política, teve um total de 1.896 empresas desfeitas, 46,7% a mais do que em 2020. Veja detalhes no gráfico abaixo.

Segundo o economista, os números de baixas apontam que o ritmo da atividade econômica, ainda que em alta, está muito abaixo do desejável.

“Muitas empresas não estão mais conseguindo resistir dadas as inúmeras dificuldades advindas desse longo período de uma crise, ou de uma recessão, da atividade econômica muito brusca, fruto do processo da pandemia além das questões relacionadas aos impactos que a pandemia trouxe”.

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